O empowerment nas empresas está ganhando cada vez mais espaço entre as estratégias de gestão de RH e liderança para elevar a produtividade das equipes. O conceito, que significa empoderamento em português, baseia-se em descentralizar o poder de decisão que se concentra nos cargos do topo da hierarquia empresarial.
No entanto, para aplicar o empowerment não basta apenas distribuir novas responsabilidades aos colaboradores. É preciso que a empresa incorpore os princípios dessa ferramenta em sua cultura organizacional e invista na capacitação de seus colaboradores.
Neste artigo, você vai descobrir:
- Como o empowerment funciona nas empresas;
- Por que aplicá-los em sua organização;
- E como você pode fazer isso logo depois de terminar a leitura deste texto.
Vamos lá?
Como funciona o empowerment nas empresas?
O empowerment nas empresas funciona, em primeiro lugar, com o abandono de uma prática que engessa os seus processos: o microgerenciamento. Quando os líderes têm a postura de controlar excessivamente a realização das tarefas, os processos não fluem da maneira como poderia.
O microgerenciamento é extremamente prejudicial para a empresa, pois torna os processos burocráticos e sufoca a criatividade da equipe. Afinal, o colaborador fica sem autonomia para decidir como organizar suas demandas.
A médio e longo prazo, o trabalho se torna exaustivo e gera conflitos entre os líderes e os liderados. O que pode justificar a vontade do colaborador em procurar outra empresa para trabalhar.
Com a prática do empowerment, as empresas criam um ambiente de trabalho que deixa o colaborador livre para utilizar seu conhecimento e experiência. Aliás, essas duas palavras sintetizam a ideia de poder.
Neste sentido, as pessoas já possuem poder. Então, o que as empresas fazem para aplicar este conceito é criar as condições para que seus colaboradores o exerçam.
Para isso é necessário:
- Ter uma comunicação interna clara e eficiente;
- Investir em capacitações de autogestão e concentração;
- Ter um sistema organizado de acompanhamento de tarefas a fim de evitar o microgerenciamento;
- Motivar os colaboradores, reconhecendo seus esforços por meio de feedbacks.
Até aqui já deu para perceber a importância do empoderamento em uma organização, mas vale a pena explorar um pouco mais as vantagens dessa prática. Acompanhe no próximo tópico!
Por que dedicar tempo ao empoderamento dos colaboradores?
Porque o empowerment aumenta tanto a retenção dos talentos, como os resultados da empresa.
É importante lembrar que esses dois motivos estão intrinsecamente conectados. Afinal, a qualidade da mão de obra afeta diretamente na qualidade das entregas e consequentemente no sucesso financeiro da empresa.
As mudanças que estão ocorrendo no mundo do trabalho nas últimas décadas trouxeram grandes desafios para as empresas. Entre elas, a dificuldade em recrutar e reter profissionais qualificados.
Para resolver este e outros problemas, teóricos da administração como Idalberto Chiavenato e Daniel Mills sugeriram a ruptura com os modelos tradicionais de gestão de times.
Segundo os autores, as empresas deveriam fazer um processo de downsizing, ou seja, enxugar as estruturas hierárquicas para aproximar o nível estratégico do operacional. Uma das etapas mais importante desse processo é justamente o employee empowerment.
Ao desenvolver uma cultura empresarial que valoriza a autonomia dos colaboradores, a empresa cria um ambiente de trabalho agradável e favorável ao desenvolvimento de habilidades importantes, além de facilitar a gestão. Isso porque:
- Os colaboradores deixam de sentir a pressão psicológica da microgestão;
- A delegação de mais responsabilidades exige a habilidade em solução de problemas;
- Os líderes podem se concentrar nas partes estratégicas da gestão, delegando o tático aos colaboradores.
Inclusive, a consultoria Great Place to Work traz muitas perguntas sobre autonomia em seu questionário de experiência do colaborador.
A importância do employee empowerment no home office
Devido às medidas de distanciamento social que tivemos que adotar por causa da pandemia da Covid-19, o home office tornou-se uma realidade para muitas empresas. Com isso, evidentemente, veio a necessidade de adaptar os processos para o digital.
Nesse novo contexto, ficou claro que as empresas que seguem modelos de liderança mais controladores tiveram mais dificuldade em implementar o trabalho remoto. Tanto que bastou a crise sanitária se abrandar para que algumas delas voltassem ao modelo presencial, mesmo com suas atividades sendo compatíveis ao modelo à distância.
Claro que existem outros fatores que justificam decisões como essa, como a necessidade real de prestar serviços presenciais. Mas, dentre a maioria que pode optar pelo remoto, observamos a dificuldade em organizar a operação, falta de clareza nos processos e na comunicação.
Por outro lado, as organizações que fazem a gestão de seus times a partir da noção de empoderamento aproveitaram muito mais os benefícios ligados ao home office.
O empowerment nessas empresas é a base de sua experiência bem sucedida no novo modelo. Isso porque, para que a operação funcione com as pessoas isoladas em suas casas é essencial que elas tenham autonomia para tomar decisões.
Mesmo com uma tecnologia de informação e comunicação avançada, é comum que problemas aconteçam, como falhas na internet e quedas de energia, por exemplo. Desse modo, se o colaborador depende da autorização de seu líder para muitas etapas das tarefas, isso aumenta ainda mais os contratempos.
Em contraste, se o colaborador pode tomar suas próprias decisões, a operação continua fluindo mesmo nas eventuais falhas da tecnologia.
Desenvolva a autogestão dos funcionários!
Para que o empowerment nas empresas seja efetivo é necessário desenvolver a capacidade dos colaboradores de absorver as responsabilidades que vêm junto com o poder.
A principal delas é, sem dúvida, a autogestão que deve estar aliada a uma boa liderança. Neste sentido, a responsabilidade do líder é alinhar muito bem os processos a partir de uma comunicação eficiente.
Dessa forma, os liderados terão os insumos necessários para realizar suas tarefas. Ao mesmo tempo, eles devem ser capazes de:
- Organizar sua própria rotina de trabalho;
- Saber o que é prioridade para realizar o que é mais importante primeiro;
- Executar suas tarefas pensando nos objetivos da empresa.
Todas essas habilidades podem ser conquistadas na prática, com base nas sugestões dos líderes e na tentativa e erro. No entanto, se a empresa reservar um tempo nas demandas dos funcionários para capacitá-los, os resultados chegarão com mais rapidez.
É neste ponto que entra o meu trabalho. Nos meus cursos e mentorias, ensino a metodologia Organização Sincera, que tem o objetivo de facilitar a rotina de pessoas e empresas por meio de um workflow simples e empático de gestão do tempo.
Este recurso, tão escasso nos dias de hoje, precisa ser gerenciado de uma forma realista e que possa ser mantida a longo prazo. Saber como direcionar a energia e o esforço é fundamental para atingir os resultados sem deixar de lado a qualidade de vida.
Confira neste link as soluções que se encaixam melhor à realidade da sua empresa e prepare suas equipes para o empoderamento no trabalho!