Como lidar com o estresse no trabalho?

agosto 1, 2022

De certa forma, é comum que o colaborador tenha ocasionalmente um pequeno estresse no trabalho. Porém, quando ele se torna recorrente, o seu papel como gestor é saber identificá-lo e descobrir o que causou

Assim, será possível encontrar soluções para que, posteriormente, este profissional não apresente uma Síndrome de Burnout. 

Neste conteúdo, você aprenderá quais são os perigos do estresse no trabalho e da exaustão, as consequências que apresentam, e formas de contornar essas situações. Ótima leitura! 

Identificando sinais de estresse no trabalho

Você já viu algum funcionário ficar frequentemente irritado, com queda de produtividade e se queixar de estar muito cansado? Pois saiba que esses são alguns dos sinais de estresse no trabalho. 

Segundo a Capita, 79% das pessoas já apresentaram algum desses sintomas no último ano. Além disso, 22% delas se sentem estressadas frequentemente ou todos os dias. Mas a situação mais preocupante é que 47% acham que passar por isso no cenário profissional é normal

Porém, o estresse no ambiente corporativo é causado, principalmente, por conta de:

  • Alta pressão para entregar resultados e atingir metas;
  • Nível de sobrecarga alto;
  • Excesso de trabalho; 
  • Comunicação passiva-agressiva dos gestores;
  • Cobranças excessivas;
  • Entre outros. 

Agora a pergunta vai para você, gestor: essa é uma rotina comum na sua empresa? Ou ainda, você pensa que é normal essa conduta no trabalho? Pois saiba que, além dessa situação causar problemas de saúde no colaborador, ainda prejudica muito a lucratividade da corporação.  

De acordo com a pesquisa Mental Health and Substance Use, organizações que promovem melhorias na saúde e bem-estar das equipes, possuem um retorno de produtividade quatro vezes maior

Ou seja, é extremamente importante que as companhias, quando percebem que há um ou mais membros da equipe passando por isso, saibam tratá-los de maneira justa e adequada. Dessa forma, poderão promover uma cultura pautada na felicidade e qualidade de vida na corporação

Mas, para colocar tudo isso em prática, é preciso compreender quais são os primeiros sinais, e a partir de qual frequência deve-se ter uma preocupação a mais. 

Principais sintomas

O desgaste e a improdutividade causadas pelo estresse ocupacional levam o profissional a desenvolver alguns sintomas, como por exemplo: 

  • Ansiedade;
  • Cansaço excessivo;
  • Depressão;
  • Dificuldade de concentração;
  • Dores de cabeça e musculares;
  • Insônia;
  • Isolamento social;
  • Irritabilidade;
  • Pensamento acelerado;
  • Problemas gastrointestinais e cardiorrespiratórios. 

Porém, há algumas variações desse problema, que está ligada a frequência e intensidade dos sintomas. Primeiramente, há o estresse agudo, que ocorre em algum momento específico, sem comprometer de fato a saúde do colaborador. 

O segundo é o estresse episódico, que acontece sempre que o profissional realiza uma atividade ou presencia uma situação recorrente, e esta passa a se tornar um gatilho emocional. 

Por último, existe o estresse crônico, onde a pessoa permanece com todos os sinais diariamente, mesmo que não haja motivo aparente para isso. Com a intensificação desta etapa, o profissional pode chegar ao nível de exaustão e assim desenvolver a chamada Síndrome de Burnout. 

Síndrome de Burnout: por que se preocupar?

Em 2022, a Síndrome de Burnout passou a ser classificada como uma doença ocupacional pela OMS. Ela é compreendida como um distúrbio emocional, causado por uma exaustão extrema relacionada ao estresse e esgotamento físico. 

Seus sintomas envolvem nervosismo, sofrimento psicológico, problemas físicos, entre outros. Para saber se um colaborador está a ponto de desenvolver esse problema, procure saber se ele apresenta:

  • Alterações repentinas de humor;
  • Apetite irregular;
  • Baixa concentração; 
  • Batimentos cardíacos alterados;
  • Cansaço físico e/ou mental em excesso;
  • Dor de cabeça frequente;
  • Dores musculares; 
  • Fadiga;
  • Insônia; 
  • Isolamento social ou profissional; 
  • Negatividade constante; 
  • Sentimentos de fracasso, incompetência, insegurança e desesperança;
  • Pressão alta;
  • Problemas gastrointestinais.

Se esse colaborador estiver com todos ou a maior desses sintomas, significa que o nível de estresse crônico está muito elevado, indicando que ele chegou à exaustão. Nesses casos, deve haver um afastamento por licença médica, para que seja feito o tratamento adequado desse profissional. 

A recuperação pode ser realizada dentro de 12 meses, como também pode levar muito mais tempo para ser tratado. Por isso, é importante que você consiga encontrar soluções eficientes para que os sintomas de estresse no trabalho sejam amenizados ainda em estágio inicial. 

Quais as consequências do estresse no trabalho para o colaborador?

Dependendo do nível de estresse no trabalho, as consequências podem ser tanto na saúde física e psicológica do colaborador, como podem até prejudicar sua vida pessoal em diferentes aspectos. 

Segundo a pesquisa da Capita, dentre os profissionais que se encontram com sintomas de nervosismo, 25% aumentam seu consumo de álcool, 28% descontam em familiares e 15% elevam seu uso de cigarros. Além disso, no ambiente corporativo, as porcentagens decorrentes do cansaço no trabalho, são:

  • 45% pretendem pedir demissão; 
  • 53% já presenciaram algum colaborador que se demitiu; 
  • 49% não acham que sua liderança sabe o que fazer. 

Ou seja, a maioria entende que a organização não possui interesse ou algum plano de ação que ampare e auxilie a saúde do membro da equipe nestes casos. 

Para reverter essa estatística, é preciso investir no clima e cultura organizacional. Assim, é possível aumentar a qualidade de vida no trabalho e oferecer mais bem-estar aos profissionais. 

E para a empresa?

É importante você saber que sua empresa também acaba sofrendo muito com o estresse no trabalho. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os gastos em licenças médicas e a baixa produtividade do funcionário doente causa uma perda de US$ 1 trilhão na economia mundial, todos os anos.  

Além disso, existem ainda outras consequências no cenário corporativo que podem ser encontradas com facilidade quando não há um bom clima organizacional. Alguns exemplos são: 

  • Aumento dos atrasos ou do absenteísmo;
  • Baixo apreço pela empresa;
  • Conflitos frequentes;
  • Diminuição da produtividade; 
  • Falta de engajamento;
  • Índice de turnover elevado.

Quando essas situações se tornam frequentes, a reputação da empresa pode ser afetada. Dessa forma, os colaboradores não serão fiéis, os talentos não se interessarão pela marca e até mesmo seus clientes poderão perder a confiança. 

Como controlar situações de estresse? 

A solução para gerar uma melhor qualidade de vida no âmbito profissional e controlar a situação de estresse é aplicando boas práticas organizacionais e proporcionando hábitos saudáveis como parte da cultura da companhia. Exemplos delas, são: 

Cultura de feedbacks

Segundo o Project Management Institute (PMI), 64% dos problemas dos negócios brasileiros são decorrentes de erros na comunicação. Isso significa que esse é um fator extremamente importante para as empresas. 

E ao implementar uma cultura de feedbacks, seus funcionários saberão quais são seus pontos fortes e a melhorar. Ou seja, o profissional terá consciência do que precisa ser mantido e mudado, evitando assim a sensação de insuficiência.

Dessa forma, é possível diminuir o índice de estresse no ambiente corporativo, já que os profissionais verão que possuem atenção e apoio da liderança. Isso, inclusive, ajuda a fortalecer as relações interpessoais e a confiança das equipes. 

Flexibilidade de trabalho

A flexibilização tem se tornado cada vez mais essencial para a qualidade de vida no trabalho. De acordo com um levantamento realizado pelo Linkedin, os colaboradores entendem que uma rotina corporativa flexível promove mais motivação, foco, produtividade e equilíbrio entre vida pessoal e profissional

Portanto, ter uma cultura organizacional que oferece horários flexíveis, regime home office ou híbrido, hierarquia horizontal, entre outros, consegue aumentar a satisfação e diminuir o estresse na corporação. 

Valorização dos colaboradores

Quando alguém se sente valorizado, o hormônio da felicidade é liberado. E, um estudo feito pela Universidade da Califórnia mostra que o profissional feliz é 31% mais produtivo e 3 vezes mais criativo

Então, para que a pressão do trabalho diminua e haja um maior engajamento das equipes, é importante demonstrar o quanto os colaboradores são importantes para o negócio. Para isso, você pode implementar diversas soluções, como bonificação por desempenho, gamificação, cultura de elogios, entre outros. 

Trabalhar apenas no horário devido

Se na sua empresa é comum que os membros da equipe levem trabalho para casa (mesmo aqueles em regime home office), saiba que isto pode elevar o nível de estresse. Isso porque, o profissional passa a também relacionar sua casa como um ambiente de pressão. 

Ou seja, na prática ele acaba perdendo seu lugar de descanso, e ainda pode afetar seu ciclo natural e sua rotina familiar. Mas você como líder pode instruí-lo a evitar essa conduta, levando uma capacitação série de gestão do tempo e produtividade saudável pra sua equpe e até implementar ferramentas de bloqueio do sistema após determinado horário. 

Cultura de pausas

Você já percebeu se seus colaboradores trabalham por muitas horas seguidas? Se sim, saiba que essa ação pode causar baixa produtividade, desânimo, bloqueio criativo, entre outros fatores. 

Mas, existindo um incentivo às pequenas pausas no expediente poderá haver diminuição da ansiedade, aumento do foco e da concentração, além de evitar distrações. E ela pode ser colocada em prática através de alguns métodos. 

Os mais conhecidos são o Pomodoro e GTD, dos quais ajudam a criar uma rotina mais estruturada e eficiente. 

Organização e planejamento

Por último, é importante compreender que a organização e o planejamento são ferramentas indispensáveis para a diminuição do estresse. Através delas, é possível priorizar e limitar o tempo de cada tarefa, além de inserir horários de lazer, descanso e até para imprevistos. 

Com isso, o colaborador terá controle sobre sua rotina, deixando seus prazos e metas mais realistas e otimizando sua produtividade.

Mas, saiba que além de ajudar na saúde do colaborador, a gestão de tempo pode trazer grandes benefícios para a sua organização: 

  • Sua lucratividade se torna maior,
  • o engajamento das equipes aumentam,
  • a entrega do trabalho apresenta uma qualidade mais elevada,
  • a satisfação aumenta e melhora o employee branding,
  • diminui o turnover, dentre outros. 

E eu sei que tudo isso é possível de ser alcançado com planejamento, pois através da metodologia Organização Sincera já ajudei centenas de negócios e pessoas a melhorarem a qualidade de vida no ambiente profissional

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marília cordeiro

Criadora de conteúdo e da metodologia Organização Sincera.

Desde 2018 eu facilito a vida de pessoas e empresas com um workflow simples e empático de gestão do tempo.

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sobre marília cordeiro

Desde 2018 trabalho especificamente com produtividade, trabalho remoto e empreendedorismo. Aqui no blog, compartilho conteúdos mais completos, conceitos relevantes e reflexões para levar para você e sua equipe dicas práticas para o dia a dia. Aproveite para aumentar seu conhecimento e se inscreva para receber as novidades!

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